terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Ah, o tédio...

Ah, o tédio. Coisa inexplicável, basta-se por si só. Enquanto reclamo dele, muitos, sei muito bem, invejam poder ter pelo menos uma semaninha dedicada ao ócio. Pior que o tédio puro, é o tédio-consciência-pesada. Aquele que vivenciamos mas sabemos que poderia não exisitir, pois há mais o que fazer, algo necessário. Mas, mesmo falando mal do coitado, optamos por ele.

Desperdício de tempo? Nem sempre. Se não parássemos à toas pensando no nada, não faríamos infinitas reflexões, deixaríamos de lembrar uma cena engraçada, ou uma música, ou mesmo um filme ou um personagem de livro. Ou até uma pessoa que se foi, ou uma pessoa que convivemos.

Bom mesmo é pensar no passado. Pode ser excesso de saudosismo que vive em mim, mas como eu gosto de relembrar! De qualquer coisa, sempre buscando na memória um fato, especialmente cômico, um lugar, um arrependimento, um sabor, um cheirinho... ah, é bom demais! Serei mais alegre enquanto ainda tiver memória! E voltando ao assunto central, um trechinho de Tédio- Bíquini Cavadão:

Vejo um programa que não me satisfaz
Leio o jornal que é de ontem, pois pra mim tanto faz
Já tive esse problema, sei que o tédio é sempre assim
Se tudo piorar, não sei do que sou capaz

Sentado no meu quarto
O tempo voa
Lá fora a vida passa
E eu aqui a toa
Eu já tentei de tudo
Mas não tenho remédio
Pra livrar-me deste tédio...

E que tediante falar do tédio...

Nenhum comentário: