sábado, 15 de dezembro de 2007

Tiros em Columbine

Confesso que me interessei pelo assunto retratado pelo filme Elefante (vide último post), e acabei assistindo Tiros em Columbine, polêmico documentário do americano Michael Moore, mesmo diretor do outro polêmico Fahreinheit 9/11 (sobre o atentado às Torres Gêmeas). Diferente do que se pensa, o enfoque do filme não é o atentado de Columbine em si, nem a vida pessoal dos dois garotos que cometeram o tiroteio, e seus motivos. Mas aborda-se a sociedade americana, considerada por Moore como belicista e violenta, além da facilidade de se obter armamento.

Michael Moore mostra que alguns bancos oferecem, com extrema facilidade, armas em troca da abertura de uma conta, ou seja, a pessoa abre uma conta e ganha uma espingarda. Além disso, aborda a facilidade de se comprar balas num supermercado, e mesmo qualquer tipo de munição. Estima-se que grande maioria das casas americanas possuem armas em casa, e destaca-se a região de Michigan, onde os americanos chegam a ter coleções de armamentos.

O mais interessante, e o que para mim foi a mensagem mais forte do documentário, foi a verdadeira indústria do medo que os EUA alimentam. As pessoas vivem alarmadas, vivendo em eterno alerta laranja, com medo de terroristas, alimentando preconceitos a negros e latinoamericanos. E ainda nos faz refletir que os maiores medos da civilização mundial são gerados pela mídia americana, como o bug do milênio que não aconteceu no ano 2000, uma possível arma biológica que nunca foi encontrada no Iraque, uma fábrica de artefatos nucleares jamais vista na Argélia, e até toda a preocupação causada com o aquecimento global. Assim, a maneira dos Estados Unidos se manterem como potência mundial é amedrontando o planeta, fazendo com que as pessoas desconfiem de qualquer um, e, claro, temendo esse país.

Michael Moore também faz um paralelo interessante entre a sociedade americana e a canadense. Em ambas há grande facilidade de obter armas, e a maioria das casas está armada. Porém, o número de homicídios nos EUA é incrivelmente maior, e explora-se o fato de que no Canadá as pessoas não vivem amedrontadas, e inclusive não trancam a porta de suas casas. Por isso o filme faz uma relação interessante, entre medo e guerra, medo e terror. E nos faz ver que a banalização das armas faz sim a violência aumentar, mas não é o principal fator. Realmente, nos faz pensar e refletir, excelente documentário.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Elefante

Hoje assiti a um filme bem diferente, Elefante, do diretor Gus Van Sant . De 2003, trata sobre um assunto pertinente e que parece ter se tornado mais comum, os jovens que cometem assassinatos em série, seja na escola ou na universidade. O acontecimento em Columbine, que ficou famoso no mundo todo, foi inspiração pro diretor que mostrou o dia-a-dia de uma escola americana.

O filme chega a ser quase mudo. De pouquíssimos diálogos, que podem até parecer bem vagos, com repetições de cenas diferenciando o ângulo de cada personagem. Há os típicos adolescentes americanos; o atleta bonitão, as patricinhas que induzem o vômito após as refeições, a garota excluída de óculos, o simpático fotógrafo, e os dois protagonistas que só serão descobertos mais para o fim do filme.

Outro enfoque trazido é homossexualismo na adolescência, pois é explorado um grupo de discussão sobre o assunto, e os garotos em questão que praticam a "chacina" na escola são gays. A crítica do filme é para a sociedade americana, pois os dois meninos, que gostam de jogos violentos no pc e assistem a programas de tevê sobre a ascensão nazista, conseguem com facilidade comprar armas pela internet, e as recebe pelo correio.

Para quem não tem muita paciência, é difícil ver o filme, pois ele é sim monótono, até que chega a parte em que ficam evidentes as reais intenções dos garotos. Mas é bem curto, uma hora e 16 minutos mais ou menos, naquele estilo "final sem final". Recomendo pra quem quer ver um filme diferente, em todos os sentidos, e que trate de um assunto que não seja tão banal, como muitos dos filmes mais recentes. Mesmo eu tendo contado parte do enredo, é bom que cada um veja pra tirar suas próprias conclusões, ou não. Porque os elefantes nunca esquecem...

Segue o trailler do filme
http://http://www.youtube.com/watch?v=dFjFRa3lroI


terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Ah, o tédio...

Ah, o tédio. Coisa inexplicável, basta-se por si só. Enquanto reclamo dele, muitos, sei muito bem, invejam poder ter pelo menos uma semaninha dedicada ao ócio. Pior que o tédio puro, é o tédio-consciência-pesada. Aquele que vivenciamos mas sabemos que poderia não exisitir, pois há mais o que fazer, algo necessário. Mas, mesmo falando mal do coitado, optamos por ele.

Desperdício de tempo? Nem sempre. Se não parássemos à toas pensando no nada, não faríamos infinitas reflexões, deixaríamos de lembrar uma cena engraçada, ou uma música, ou mesmo um filme ou um personagem de livro. Ou até uma pessoa que se foi, ou uma pessoa que convivemos.

Bom mesmo é pensar no passado. Pode ser excesso de saudosismo que vive em mim, mas como eu gosto de relembrar! De qualquer coisa, sempre buscando na memória um fato, especialmente cômico, um lugar, um arrependimento, um sabor, um cheirinho... ah, é bom demais! Serei mais alegre enquanto ainda tiver memória! E voltando ao assunto central, um trechinho de Tédio- Bíquini Cavadão:

Vejo um programa que não me satisfaz
Leio o jornal que é de ontem, pois pra mim tanto faz
Já tive esse problema, sei que o tédio é sempre assim
Se tudo piorar, não sei do que sou capaz

Sentado no meu quarto
O tempo voa
Lá fora a vida passa
E eu aqui a toa
Eu já tentei de tudo
Mas não tenho remédio
Pra livrar-me deste tédio...

E que tediante falar do tédio...

domingo, 2 de dezembro de 2007

Salve o Corinthians...


Pois é... salvem o Corinthians, porque para alegria de grande parte da nação, ele está lá, na segunda divisão! Mesmo com a derrota do meu Palmeiras, não consigo conter a imensa felicidade que toma conta de mim!

Agora, obviamente, começam as desculpas... que o time virou centro de lavagem de dinheiro, que a constante mudança de técnicos abalou a equipe, que os melhores jogadores foram vendidos... mas não adianta, não há justificativa, o que interessa é que o Timão se deu mal!

A torcida foi a mais comédia, mesmo com o time lá no fundo do poço, não deixou de aplaudir e gritar. O nome disso é cumplicidade? Não, é orgulho! Não dá o braço a torcer que um dos maiores clubes brasileiros tá nessa crise... os leitores corinthianos que me desculpem, mas essa não podia deixar passar em branco! E viva!

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Novela Duas Caras

Depois de muito tempo sem escrever, estou aqui de volta, com um assunto meio bobinho, mas que me chamou atenção. Não acompanho nenhuma novela, mas às vezes acabo assistindo algumas cenas, e ouço alguns comentários. Novelinha mais idiota, me desculpem o adjetivo, é a atual novela das nove, com a tal favela da Portelinha. A começar pela abertura, primeira vez que vi não vi sincronia entre o tema musical, o visual e o enredo. Pareceu que a música estava errada, não houve encaixe.

O pior de tudo, é a favela extremamente utópica e idealizada pelo autor, em que algumas cenas chegam ao ridículo pelo excesso de honestidade de seus habitantes. O tema "favela" está em alta nos livros e filmes brasileiros, mas a ficção dessa novela passa dos limites, pois nela não há tráfico de drogas, não há violência, e ainda existe um líder no local que se impõe por si próprio, sem nenhum tipo de ameaça armada ou algo do tipo. Um fato que quase comecei a dar rizada é a cena que a atriz Letícia Spiller perde seu anel de brilhantes, e Antônio Fagundes, o líder local, promete encontrá-lo, pois ali ninguém precisa roubar e ninguém é mau caráter. São comédias que só vemos na Rede Globo mesmo.

A novela da Record, Vidas Opostas, que inclusive já acabou, abordou com maior fidelidade a vida nas favelas, mostrando como elas realmente são, e deu certo, fez sucesso e alcançou bons índices de audiência. A Globo não quis ficar pra trás, e repaginou o tema, com uma historinha tão insossa que parece conto de fadas do século XXI. "Era uma vez uma favelinha muito pacífica onde todos eram honestos, em quem ninguém morre de bala perdida, e todos foram felizes para sempre... "

Já a novela que substitui Vidas Opostas na Record, Caminhos do Coração, lembra bastante o seriado Heroes, que a mesma emissora transmite. Estranho, não? Crianças geneticamente modificadas começam a ter superpoderes, assim como os personagens da série. Definitivamente, "Na vida nada se cria, tudo se copia".

sábado, 3 de novembro de 2007

Nota - Contra Corrente

Informo aos leitores de Salustiano's circus que contribuirei com o blog da ONG Contra Corrente, cujo link se encontra nesta página, todos os sábados. Portanto, caso se interessem, já existe uma postagem minha lá, e é também uma boa oportunidade para se conhecer o trabalho da ONG recém fundada e ler os demais textos.

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Operação Ouro Branco, Parte 2 - A mussarela

Uberaba se superou neste ano, e esteve presente nos principais telejornais por outros motivos que não fossem cabeças de gado vendidas por milhões na Expozebu ou pelas enchentes. Primeiro, o ilustre macaco Chico foi alvo das notícias; afinal, era muito importante saber de seu paradeiro. E, com a Operação Ouro Branco, nossa cidade vem sendo citada por quase duas semanas diariamente nos principais meios de comunicação. Para deleite da mídia, surge ainda o escândalo da mussarela, e o alvoroço atingiu níveis nacionais.

Foram apreendidas toneladas do alimento num galpão, em condições precárias de conservação, quando já não estava mofado. O pior de tudo é que reembalavam a mussarela, alteravam seu prazo de validade, e distribuíam, principalmente pelo estado de São Paulo. Considero que esse novo escândalo, mesmo que tenha ganhado menos projeção na mídia do que o leite, é bem pior, pois a possibilidade de causar problemas de saúde são bem maiores.

Agora que os laudos da análise do leite saíram, as instituições envolvidas começam a se manifestar. Eis o depoimento de Laércio Barbosa, vice-presidente da Associação Brasileira de Longa Vida: “Há uma diferença muito grande entre a não-conformidade e o risco à saúde. O laudo fala que o produto é não-conforme. É muito claro em falar que não há conclusão sobre soda cáustica no leite longa vida analisado em Uberaba. Então, os dois laudos produzidos, nessa operação, não se referem à adição ou à presença de soda cáustica ou água oxigenada em leite longa vida. Está se criando uma correlação entre o leite longa vida e produto fraudado que não existe. Os fatos comprovam, exatamente, o contrário ”.

Agora nos resta esperar que rumos a Operação Ouro Branco vai tomar, e quem sabe, até surge a Operação Sonho de Valsa ou Serenata de Amor. E os leitores que me desculpem, mas não resisti ao trocadilho.

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Operação Ouro Branco

Quem lê o título do post pode até achar que é o nome de algum filme de ação ou de investigação criminal. Mas não, fico pasma com a criatividade da Polícia Federal quando cria o nome de suas operações, e essa com o escândalo do leite foi realmente sensacional! Não se fala em mais nada além da situação do leite ( o Ouro Branco, no caso) contaminado com água oxigenada e soda cáustica. Nos supermercados todos compram o alimento em saquinho, e todos já vêem com desconfiança qualquer marca embalada em tetra park.

O que se está fazendo é um estardalhaço muito grande e desnecessário, pois não é de hoje que se adicionam essas substâncias ao leite, mas por algum interesse que se desconhece, fez-se a denúncia e o caos lático está instaurado. Especialistas em química, que não têm espaço na mídia que está aproveitando o momento sendo a mais sensacionalista possível, explicam que as quantidades usadas são muito pequenas, e caso ofereçam algum dano às pessoas, este só será observado com o envelhecimento da geração que ingeriu esse leite. Além do que água oxigenada é usada para matar bactérias, e isso que faz no leite e no próprio organismo humano. E a soda cáustica é uma substância alcalina neutralizada pelos ácidos do estômago. Portanto, não oferecem tanto perigo aos consumidores como está sendo propagado.

Se os corruptos políticos de Brasília estão roubando milhões e continuam à solta, os representantes das cooperativas como a Coopervale estão atrás das grades, e alguns chegaram a perder seus cargos. Acontece que as pessoas dão muita importância a fatos que são sim sérios, mas não merecem tanto foco assim da imprensa. Já faz quase uma semana que esse é o assunto dos jornais locais e até nacionais, como os telejornais da tarde e da noite. Fato é que até agora ninguém morreu, nem passou mal, nem teve nenhuma espécie de desarranjo intestinal devido ao leite com tais substâncias.

Meu objetivo não é apoiar as cooperativas que adicionam água oxigenada e soda cáustica ao leite para estender seu prazo de validade; afinal o Ministério da Saúde proibe a adição das mesmas a qualquer tipo de alimento. Só quero mostrar às pessoas que estão fazendo festa, especulação e sensacionalismo demais, e no final tudo vai terminar em pizza.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Nobel da Paz

Este ano, o Nobel da Paz, divulgado essa semana, ultrapassou todos os níveis de interferência que a política pode ter. Maior exemplo de politicagem foi premiar o Al Gore, devido a seus esforços pela preservação ambiental com seu filme "Uma verdade incoveniente". Está muito claro que todo o alvoroço que seu filme causou teve intuito de autopromoção, de fazer a imagem de um candidato ecologicamente correto e, junto com o Oscar, o Nobel veio a calhar. Al Gore anunciava que não seria candidato até esta semana, quando, após de receber mais de 200 mil assinaturas numa petição do site Draftgore.com, afirma repensar sua candidatura.

Al Gore tem um passado político e um caráter melhor que George W Bush, e é bem provável que seja um melhor presidente do que Bush. Mas o que não se pode confundir é uma premiação como o Nobel, que deveria destacar pessoas que pouca condição tinham e muito fizeram pela paz mundial, e não um futuro candidato a presidente com interesses políticos. É certo que a causa ambiental ganha mais destaque dia após dia, e que é um excelente chamarisco para campanhas políticas, porém muitos estudiosos de física e biologia criticaram as informações do documentário de Al Gore, considerando muitas delas equivocadas e sensacionalistas. Óbvio, nada como uma pitada de sensacionalismo e especulação para se fazer sucesso em qualquer meio de comunicação.

Considero que a questão da paz mundial é muito mais ampla e complexa do que simplesmente enaltecer a causa de um documentário de grande projeção mundial. Seria mais sensato se fosse escolhido para receber o prêmio alguém que fizesse pela melhoria das condições de vida em seu país ou comunidade, alguém preocupado com a situação africana, ou mesmo com a violência urbana. O que fica transparecido depois do Nobel de Al Gore é que tudo gira em torno de um jogo de interesses, e assim fica complicado conferir credibilidade mesmo a uma instituição como a ONU.

domingo, 7 de outubro de 2007

O Bispo

Estava esperando começar Heroes na TV Record (um seriado muito legalzinho, diga-se de passagem) quando vi no programa do Paulo Henrique Amorim sobre o lançamento de O Bispo, livro autobiográfico do bispo Edir Macedo. A capa, o bispo na prisão acusado de estelionato, enganar pessoas, popularmente dizendo. E a matéria, querendo enaltecer o dono da emissora, claro, dizia que ele foi solto por falta de provas. Mas isso não deve ser levado em consideração, afinal até o Renan Calheiros foi absolvido por falta de provas. Investindo em marketing pesado, de acordo com o Amorim, o livro saiu com tiragem maior que os livros de Paulo Coelho (meu Deus!). A meu ver, uma forma de Edir Macedo mudar a imagem que se tem dele, e de ganhar ainda mais dinheiro dos evangélicos fervorosos que certamente apreciarão a "Literatura". Lamentável, lamentável... o cara pode até ser um líder religioso importante no Brasil, mas lançar livro contando sua história, e pelo que percebi querendo passar uma imagem de injustiçado... já é demais! E enquanto ele tem capital pra publicar livro, muitos escritores capacitados e talentosos continuam no anonimato, impossibilitados de publicar suas obras.

E aproveito pra falar do deputado Clodovil, que mudou de partido, do PTC para o PR, alegando falta de estrutura do PTC para que ele exerça seu mandato. E agora, até cassá-lo já querem. Das celebridades que atuam ou querem atuar na política, considero Clodovil o mais sensato e mais culto de todos. Mesmo quando ele começa a insultar parlamentares chamando-as de feias e outros adjetivos, ele não deixa de ser um cara inteligente que tem muitas idéias ousadas, fala o que pensa, e é punido por isso. Não é à toa que não consegue ter programa fixo em nenhuma emissora, e ainda assim permanecer na mídia. Ele até criou uma lei para que os filhos adotivos consigam todos ser registrados com o sobrenome dos pais não biológicos, o que pode parecer fútil mas uma particularidade que alguém tem que cuidar. E, pelo menos até agora, Clodovil não está envolvido em nenhum caso de corrupção, portanto não há motivos para cassá-lo apenas pela troca de partidos (prática mais que comum), afinal ele foi eleito por mais de meio milhão de brasileiros. Antes ele na câmara do que Frank Aguiar, Gretchen prefeita, Sabrina Sato vereadora. E viva a democracia!

sábado, 29 de setembro de 2007

Record News

Um dos assuntos mais comentados essa semana foi o novo canal Record News, o primeiro de notícias 24 horas por dia em TV aberta. Entrando no lugar da Rede Mulher, ele traz uma proposta interessante por fornecer notícias às pessoas que não dispõem dos horários que passam os telejornais comuns, e a Record foi bem mais esperta que a Globo News, pois entrou de vez na casa dos brasileiros sem necessidade de TV por assinatura ou parabólica.

Assisti à cerimônia de abertura, e quando vi a presença de muitos políticos já comecei a ver a coisa de outra maneira... José Serra e o presidente Lula, que inclusive deu início às transmissões com o gesto simbólico de apertar o botão "No Ar", participaram e me chamou a atenção o discurso do presidente, cujas palavras foram “Graças aos esforços de tantos que lutaram pela democracia no país, a imprensa hoje tem plena liberdade para exercer sua missão.A Constituição e as leis garantem a livre atuação dos meios de comunicação." Só se for na lei, porque de livre a imprensa só é para manipular as informações e deturpá-las de modo obter mais audiência, e fechar mais contratos com patrocinadores. Exemplo clássico foi o governo de FHC que tanto injetou dinheiro na Rede Globo, e por isso que os escândalos com corrupção foram mais discretos. E tem gente que ainda fala que a imprensa é transparente...

O Bispo Edir Macedo aproveitou para dar indiretas à rede Globo: "Nós fomos injustiçados por muitos anos por um grupo de comunicação que tinha e e mantém o monopólio da notícia no Brasil. Daí nosso desejo de dar um fim a esse monopólio." . É evidente que a Rede Record teve um crescimento incalculável nos útlimos anos, com novelas de qualidade, estúdios modernos, contratação de profissionais competentes, e tecnologia comparada à BBC e à Al Jazeera. Mas acontece que esse crescimento foi alicerçado em capital proveniente das Igrejas de Edir, que exploram as pessoas e capitalizam a fé. E particularmente torço pra que a Record supere a Globo em todos os sentidos, mas é lamentável saber que por trás da imprensa existe uma indústria de fazer dinheiro às custas do suor de trabalhadores que têm como sentido de sua vida freqüentar e ajudar financeirmente a Igreja.

Meio fora do assunto, mas o mundo está mesmo perdido... qual a próxima "celebridade" que quer entrar na vida política? Sabrina Sato! Agora quer ser vereadora de São Paulo, e ainda faz questão de deixar claro que não será corrupta. Sem comentários...

sábado, 22 de setembro de 2007

Sertanejo: espelho da sociedade uberabense?

Escrevo esse post e dedico ao Rafael, vulgo Presunto, que foi quem me deu a idéia em seu comentário sobre Paulo Coelho. Estávamos aqui em nossas conversas aparentemente sem nexo mas que têm algum fundo de verdade e racionalidade, e discutíamos a opressão que a minoria uberabense que não gosta de sertanejo sofre. E não é pouca, afinal parece um pleonasmo dizer que Uberaba ouve sertanejo, já que a cidade é rural e famosa pelo gado e pela agricultura. Esses elementos não devem ser desprezados, já que geram renda que fazem que o IDH seja o 4º maior do estado.

Porém, algo que já disse aqui é sobre a sociedade alienada, pseudoelitista e fechada que temos. A futilidade é comum, e sinceramente não sei se a situação se repete com frequência em outras cidades, ou se é um traço da região. E as pessoas que não gostam de sertanejo como a grande maioria têm dificuldade de encontrar opções de lazer, e chegam a ser incompreendidas pelos demais. Se não fosse o Munchen Pub pra abrir espaço pras bandas, e alguns outros bares como o Favela Chic, quem gosta de outros gêneros musicais como rock e MPB ficariam sem rumo. E o triste é ver tanta gente idolatrando a duplinha sertaneja da semana, que não têm letras interessantes e que nada acrescentam culturalmente às pessoas. E por isso, muita gente comenta que a população uberabense não tem cultura, e sou obrigada a concordar.

Não critico o sertanejo de raiz, pelo contrário, admiro a cultura do homem do campo, que fala de suas ambições, sua realiadade, seu dia-a-dia; são verdadeiras histórias, bonitas de se ouvir. Mas o mercado fonográfico procura é aquela dupla que fala sobre decepções de corno (palavras de Presunto), o cara que dormiu na praça e sonhou, ou que bebeu "pa carai" e deu "trabai" e por ai vai. Não estou alfinetando quem ouve essas músicas, todos têm o direito de ouvir o que quiserem, afinal todos são livres, mas apenas fico indignada com músicos sem talento ganharem tanto dinheiro e fazerem tanto sucesso, ao mesmo tempo que não trazem nenhum tipo de cultura às pessoas. Isso contribui para que as pessoas fiquem alienadas da realidade, pois é muito mais simples ouvir uma música que fala só sobre farras e vida boa do que ter que escutar o som que exprime a realidade em que vivemos.

Vou sugerir que as pessoas deixem sua opinião nos comentários, se quiserem claro, e opinem se acham que a sociedade uberabense é tão fútil e alienada devido à essa "cultura" musical que cultua.

sábado, 15 de setembro de 2007

Caos Aéreo

Sim, ninguém mais fala no caos aéreo, e o fato de Renan Calheiros não ter sido cassado ganhou projeção maior na mídia e no interesse dos brasileiros nos últimos dias. Mas sempre quis uma oportunidade de falar algumas coisas que penso sobre a aviação brasileira mas ainda não havia surgido oportunidade. E agora, cá está.

Não quero ser a defensora do governo federal, mas o jogo de empurra-empurra de quem é responsável pelo acidente com o avião da TAM parece ter dado em nada, como tudo neste país. E sempre gostei de deixar claro, na minha opinião, que culpar o Estado do ocorrido era apenas a saída mais fácil tanto para a empresa aérea quanto pros familiares das vítimas e dos brasileiros em geral. O incidente infelizmente coincidiu com a crise que vigorava na época, mas as pessoas se negam a admitir que houve falhas mecânicas, que a verba destinada à reforma do aeroporto de Congonhas foi usada principalmente em reparos estéticos, e que aeroporto em si não é seguro. Nas páginas das revistas da semana, todas alfinetando o governo, obviamente, apareciam pessoas com faixas dizendo "Fora Lula" e mensagens similares. Admito ter sido errada a atitude de indiferença do presidente nos momentos após a trágédia, porém querer culpá-lo foi, mais uma vez, ação da mídia de direita que vigora no Brasil.

A verdade é que os interesses capitalistas mais uma vez estavam em jogo, e não só a TAM, como as outras empresas, mesmo cientes da crise aérea instaurada, continuaram operando sem reduzir o número de vôos necessários. E, o pior ainda, com problemas mecânicos, o que agrava a situação. E aí, o que acontece? Juntam-se os burgueses falsamente engajados do Brasil organizados pela OAB num tal movimento de "Cansei" que não fez nada de útil, além de escurraçar o governo federal; não mobilizou a massa popular, e ninguém se lembrou do minuto de silêncio que nada adiantaria. Se fosse assim, toda vez que houvesse um escândalo de corrupção iríamos dizer algum verbo no prétérito perfeito, como "Magoei", "Emburrei", "Revoltei", ficaríamos um minuto parados pensando na morte da bezerra, e pronto, já fizemos nossa parte! Que patriotas engajados que somos, minha nossa!

Mais uma vez bato na tecla da ação, como a frase de Romain Rolland "Que teu verbo seja ação" , que estampou meus uniformes escolares por alguns anos. Se a burguesia revoltada de direita quisesse alguma mudança de verdade, deveria fazer uma greve e não comprar mais passagens de 1ª classe nos aviões, e boicotar esse meio de transporte por pelo menos algum tempo. Aposto surtiria algum resultado, mesmo que discreto. Mas não, a turminha da Hebe Camargo não quis deixar o luxo de lado, e deu no que deu. Aliás, não deu. E ainda aproveito pra falar o tanto que desprezo cada vez que a Hebe começa seu programa com aqueles discursinhos inflamados, cheios de revolta, e aquela platéia insossa aplaude e assina em baixo. Pra ser sincera, não suporto.

Agora, o que nos resta é esperar, e esperar, pra ver o final (ou não) da crise aérea no Brasil.

domingo, 9 de setembro de 2007

Agnósticos

Quando o assunto é religião, cresce o número de pessoas que se autodenominam agnósticas; são incertas quanto à existência de Deus. Não tenho nada contra essas pessoas, afinal todo mundo tem um coeficiente agnóstico dentro de si próprio, mas essa é uma mostra da sociedade "emcimadomurista" em que vivemos, em que dizer que se é religioso fervoroso ou ateu é algo radical demais. Se a pessoa é muito religiosa, logo muitos começam a profanar que o fanatismo pode ser ignorância ou intolerância; se é atéia, tacham-na de insensível e até materialista.

Essa incerteza toda nada mais é do que o reflexo do mundo, do que acontece diariamente. Não se tem certeza de nada, o amanhã é uma incógnita, as verdades absolutas não existem mais, e tudo é motivo para dúvida. E se a tecnologia é positiva em muitos casos, em outros só trás o caos para a sociedade, pois diante de tanta informação e tanta especulação da imprensa não sabemos no que acreditar, e no que duvidar. Escritores querendo vender abordam a religião; Dan Brown e a enxurrada de livros sobre Afeganistão e o Oriente Médio são os best-sellers, e a Literatura perdeu seu caráter de cultura e entretenimento para se tornar um meio de especulação religiosa. E agora? O que é real?

Com isso as pessoas vão perdendo a fé, e é isso que é alvo de tantos escritores e do sensacionalismo da mídia, colocar a fé das pessoas em dúvida. As que têm formação religiosa mais rigorosa desprezam esse tipo de informação, mas essas são uma minoria, e a Igreja Católica vai perdendo fiéis, mais agnósticos pro mundo. Ter fé, mesmo que seja em si próprio, é importante para a construção de valores no planeta, e para resolver os problemas que a atual sociedade tem. Corrupção na política, problemas com o sistema aéreo, inflação, desemprego: hoje ninguém mais crê que um dia a situação possa ser diferente, já que a imprensa molda a linha do pensamento das pessoas de forma que elas pensem ser inútil lutar por seus direitos e por melhorias no sistema. E a própria descrença religiosa tem relação com isso, acha-se que nem Deus pode com a injustiça do mundo, e os fiéis vão perdendo sua razão de seguir uma doutrina ligada à religião.

Assim fica claro que a imprensa num geral influencia a falta de fé das pessoas, seja em Deus, nelas próprias ou em mudanças na sociedade. Se existem canais e/ou programas de TV com propósito religioso, o que se vê é a capitalização da Igreja, um ponto de arrecadação de dinheiro e exploração dos mais ingênuos. Não nego que haja alguns pontos positivos, pois já assisti a momentos de reflexões válidas, que buscam nas pessoas o resgate da fé e da prática religiosa. Porém, a Igreja está perdendo seu papel, e os agnósticos ganham o cenário por parecerem mais sincronizados com a realidade, ou seja, incertos.

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Plebiscito Popular

Está acontecendo um Plebiscito Popular, que se estende de 1º a 7 de setembro, perguntando a opinião dos brasileiros quanto a algumas questões, como a volta da Vale do Rio Doce ao Estado, pagar as dívidas externas ou investir em melhores condições de vida, diminuir o preço da energia elétrica e a reforma da previdência. E estou pasma, e digo também revoltada, a que ponto o capitalismo tomou conta da cabeça das pessoas. Sinceramente, imaginava que a maioria das pessoas votasse pela volta da Vale ao governo, por investir em melhores condições de vida, diminuir o preço da energia em nossas casas e não aprovar a reforma da Previdência. Mas não; as pessoas cujas opiniões ouvi desejam exatamente o contrário. Fiquei revoltada; não porque não aceite a opinião dos outros, mas porque os argumentos me decepcionaram. Diziam que o plebiscito era inútil, em nada mudaria, e infelizmente é essa a realidade política do Brasil, não se acredita mais em mudanças.

Primeiramente, fica claro que os questionamentos querem ver o que o brasileiro pensa, com o que ele concorda ou não, e os acomodados parecem conformados com a atual situação. Mesmo que a elite continue dominando o cenário político, o povo não pode calar a boca, abaixar a cabeça pra tudo que acontece. Sim, seria hipocrisia nossa achar que a energia elétrica dimunuiria caso vencesse no plebiscito, mas não é por isso que vamos esconder nossa indignação, principalmente pros mineiros que vêem aumentos exorbitantes todo o ano. Não é possível que alguém goste de pagar a mais pela energia que consome, isso eu não entendo, e preocuro entender.

Quanto às melhores condições de vida ao povo brasileiro, a elite continua dando as costas pra todos os programas sociais do governo. Nesta semana, o programa do Primeiro Emprego, um dos pilares da campanha política do atual governo Lula, teve de ser abandonado. O motivo? Nenhuma empresa, especialmente em Minas Gerais, se habilitou a abrir vagas pros jovens a partir de 15 anos. Boas intenções o governo federal até tem algumas, mas sozinho não pode nada. Outro exemplo é o Fome Zero. As empresas do setor alimentício e de transportes não se propuseram a cooperar, e o programa foi esquecido, e não se fala mais nele. E o que se vê é que muitos parecem estar indiferentes a essa situação, e acham que a miséria no Brasil ainda existe só devido à corrupção; e não é bem assim.

Outra coisa que me deixa indignada é o proletariado que acha que faz parte da elite, e defende os direitos dela. Isso é um retrato comum da região que moro, em que as pessoas compram carro a prestação, têm algumas roupinhas de marca, se alimentam mal e acham que são burgueses. Fato lamentável, com o qual se convive diariamente. E por isso vemos o crescimento de alguns partidos de direita junto às classes baixas. Nem falo mais nada, se não me exaltarei mais do que já estou e vou acabar falando mais bobagem... e o capitalismo cada vez mais forte, mais dominante, e a antiga luta pelos direitos trabalhistas fica de lado, pois não cabem dentro de tanta futilidade que domina a mente de muitos.

Concluindo, deixo claro que a situação que descrevi, foi a que vivi, daqueles que votarão "sim" nos quesitos do plebiscito. Não quero universalizar a situação, mas me revolto perante essas coisas. Estou ciente de que o plebiscito não acarretará grandes mudanças nem revoluções no sistema, hipócritas não podemos ser. Porém, não é por isso que vamos calar a boca, consentir com as atitudes da elite, afinal não faço parte dela nem quero fazer. E também concordo totalmente com a elite que se protege; ela está no seu direito de defender seus interesses. Só continuarei, até a morte, não concordando com nenhuma opinião proveniente da pseudoelite. E chega por hoje.

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Paulo Coelho

Sempre tem um que quando vai fazer seu perfil no orkut, na seção de livros, acaba colocando alguma obra de Paulo Coelho. Desculpem-me aqueles que gostam do autor, mas não sei se essas pessoas realmente gostam dos livros, querem demonstrar um quê de "intelectual", ou colocam por colocar mesmo... ainda quero entender a graça que tem. Há uns três anos atrás mais ou menos, vi "Verônica decide morrer" na casa da minha irmã, e imaginei, "agora é hora de conhecer o mago! " . A história, sobre o suicídio, começa interessante, e por uma incrível coincidência, comecei o livro no sábado e domingo pela manhã um conhecido meu havia de suicidado. Isso não vem ao caso, mas Paulo Coelho não sabe narrar. Vai chegando um ponto em que a história fica estagnada, ele vai enrolando, enchendo lingüiça, fenômeno que se torna acentuado lá pela metade de cada obra sua. Na época, ainda não tinha muito conhecimento de mundo (créditos pra profª Neusa), e achei o final legal, algo como "viva seu dia como se fosse o último pois cada amanhecer é um milagre". Mas depois vovó me emprestou "Na margem do rio Piedra sentei e chorei". Muitas, mas muitas pessoas mesmo, acham que esse é o melhor livro que já leram; que coisa lamentável, porque nunca vi tanto clichê sentimental junto, uma história tão cansativa e melosa. A moral? (os livros do PC mais parecem fábulas) era algo como "todas as histórias de amor são iguais... têm finais felizes". Desprezível. O tempo foi passando, acabei lendo O Demônio e a Srta. Prym, A bruxa de Portobelo, Maktub (não consegui chegar no final), e claro, não poderia faltar O Alquimista. O que tem de tãao interessante nesse livro, que vendeu horrores? Não passa de historinha de auto-ajuda; o cara cruza o deserto em busca de algo que viu em seu sonho, pra no final o tal tesouro estar no lugar de onde ele partiu (conto o final mesmo, estou fazendo-lhe um grande favor!). E não podia faltar uma moral, um aprendizado, que o mago quer nos passar, que bonzinho! Acredite em seus sonhos, acredite em você! Papinho mais piegas, que a Xuxa repete pras criancinhas desde que o mundo é mundo.

O "sucesso" de Paulo Coelho (membro da ABL, meu Deus!) está, na minha opinião, na falta de conceito e criticidade dos leitores. Está com problemas pessoais? Busque um livro confirmadamente tachado de auto-ajuda, vá a um psicólogo ou ponha-se a chorar. Ler essas obras melosas pode até enganar, e muita gente se engana mesmo. Aos ateus, jamais leia Paulo Coelho, é um padre doutrinador frustrado, que fala em Deus com uma facilidade como se ele fosse a mais pura das almas, que pudesse encher o mundo de moralismo puritano. Se nunca leu nada do "mago", é importante conhecer algo pra poder se posicionar; o 1º livro que ler pode até achar interessante, mas do 2ª em diante perceberá que as histórias são iguais, só muda o lugar geográfico (nunca o Brasil, Policarpo Quaresma está remexendo no túmulo) e as personagens. E pra quem despreza ou não vive numa realidade atrelada a rituais pagãos, jamais toque em A Bruxa de Portobelo, que de bruxa, diga-se de passagem, não tem nada. Conselho de amiga!

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Nome do Blog

Acho necessário explicar o porquê desse nome... fiz uma singela homenagem a três grupos musicais (expressão mais antiquada) que gosto...
Salustiano's song é o nome de uma música instrumental do 1º CD de Chico Science e Nação Zumbi, Da Lama Ao Caos. Pra ser sincera me encantei pelo nome, talvez um dia tenha um cachorro chamado Salustiano ou Salustiana... de apelido Salu :)
Parece insano mas é um nome muito sonoro, pelo menos na minha opinião...
Pra quem não conhece a banda, é uma mistura de rock, samba e maracatu. Sim, música do Nordeste, mais especificamente da região de Recife, a "Manguetown", dos carangueijos, da lama, do caos. Mesmo pra quem tem preconceito com música brasileira ou mesmo nordestina, considero a banda uma referência do rock brasileiro dos anos 90, rock engajado, ao contrário das muitas pseudo bandinhas que se proliferam por aí.Sou muito apegada ao primeiro álbum das bandas que gosto, salvo algumas exceções, e Da Lama aos Caos mostra em suas músicas a realidade do mangue, de Recife e sua "fedentina" como dizia Chico. E pra quem pensava que "o de cima sobe e o debaixo desce" era criação de bandas de axé da Bahia, ainda não ouviu A Cidade, 4ª faixa do álbum. Indico pros interessados as músicas Da Lama Ao Caos, A Cidade, Computadores Fazem Arte (incrível! ), A Praieira (sobre a Revolução Praieira), pra se ter uma noção do som de Chico Science, que morreu num acidente de carro há 10 anos, devido a um defeito de fábrica de seu então carro, um Fiat Uno.
Quanto a Circus, mato dois coelhos com uma cajadada só, e homenageio O Teatro Mágico, que prometo falar mais em outros posts, e o Arctic Monkeys e sua música "This House is Circus", de seu 2º álbum. Os macacos do ártico vêm ao Brasil no Tim Festival, mas não será dessa vez que vou ver os primatas de perto **shora litruz**.
Afinal, Salustiano é um brasileiro, um sofredor, um cara real, e vive num circo, que é o mundo, de tanta palhaçada que é preciso muito malabarismo pra num cair da corda bamba. Isso soa a falsa poesia, mas isso deixa pra lá...
E se o assunto tá chato, num é culpa minha, a culpa é do Lula porque tudo que acontece é culpa dele, ok?
Hey, possível leitor que esteja lendo esse blog. Comecei agora, não sei bem do que escrever, mas como gosto de fazer isso, vou procurar deixar algumas coisas interessantes por aqui, sejam elas úteis ou não. Eu sinto necessidade de escrever algo, mesmo que ninguém goste ou leia, pelo menos para mim deixarei algo...