sábado, 29 de setembro de 2007

Record News

Um dos assuntos mais comentados essa semana foi o novo canal Record News, o primeiro de notícias 24 horas por dia em TV aberta. Entrando no lugar da Rede Mulher, ele traz uma proposta interessante por fornecer notícias às pessoas que não dispõem dos horários que passam os telejornais comuns, e a Record foi bem mais esperta que a Globo News, pois entrou de vez na casa dos brasileiros sem necessidade de TV por assinatura ou parabólica.

Assisti à cerimônia de abertura, e quando vi a presença de muitos políticos já comecei a ver a coisa de outra maneira... José Serra e o presidente Lula, que inclusive deu início às transmissões com o gesto simbólico de apertar o botão "No Ar", participaram e me chamou a atenção o discurso do presidente, cujas palavras foram “Graças aos esforços de tantos que lutaram pela democracia no país, a imprensa hoje tem plena liberdade para exercer sua missão.A Constituição e as leis garantem a livre atuação dos meios de comunicação." Só se for na lei, porque de livre a imprensa só é para manipular as informações e deturpá-las de modo obter mais audiência, e fechar mais contratos com patrocinadores. Exemplo clássico foi o governo de FHC que tanto injetou dinheiro na Rede Globo, e por isso que os escândalos com corrupção foram mais discretos. E tem gente que ainda fala que a imprensa é transparente...

O Bispo Edir Macedo aproveitou para dar indiretas à rede Globo: "Nós fomos injustiçados por muitos anos por um grupo de comunicação que tinha e e mantém o monopólio da notícia no Brasil. Daí nosso desejo de dar um fim a esse monopólio." . É evidente que a Rede Record teve um crescimento incalculável nos útlimos anos, com novelas de qualidade, estúdios modernos, contratação de profissionais competentes, e tecnologia comparada à BBC e à Al Jazeera. Mas acontece que esse crescimento foi alicerçado em capital proveniente das Igrejas de Edir, que exploram as pessoas e capitalizam a fé. E particularmente torço pra que a Record supere a Globo em todos os sentidos, mas é lamentável saber que por trás da imprensa existe uma indústria de fazer dinheiro às custas do suor de trabalhadores que têm como sentido de sua vida freqüentar e ajudar financeirmente a Igreja.

Meio fora do assunto, mas o mundo está mesmo perdido... qual a próxima "celebridade" que quer entrar na vida política? Sabrina Sato! Agora quer ser vereadora de São Paulo, e ainda faz questão de deixar claro que não será corrupta. Sem comentários...

sábado, 22 de setembro de 2007

Sertanejo: espelho da sociedade uberabense?

Escrevo esse post e dedico ao Rafael, vulgo Presunto, que foi quem me deu a idéia em seu comentário sobre Paulo Coelho. Estávamos aqui em nossas conversas aparentemente sem nexo mas que têm algum fundo de verdade e racionalidade, e discutíamos a opressão que a minoria uberabense que não gosta de sertanejo sofre. E não é pouca, afinal parece um pleonasmo dizer que Uberaba ouve sertanejo, já que a cidade é rural e famosa pelo gado e pela agricultura. Esses elementos não devem ser desprezados, já que geram renda que fazem que o IDH seja o 4º maior do estado.

Porém, algo que já disse aqui é sobre a sociedade alienada, pseudoelitista e fechada que temos. A futilidade é comum, e sinceramente não sei se a situação se repete com frequência em outras cidades, ou se é um traço da região. E as pessoas que não gostam de sertanejo como a grande maioria têm dificuldade de encontrar opções de lazer, e chegam a ser incompreendidas pelos demais. Se não fosse o Munchen Pub pra abrir espaço pras bandas, e alguns outros bares como o Favela Chic, quem gosta de outros gêneros musicais como rock e MPB ficariam sem rumo. E o triste é ver tanta gente idolatrando a duplinha sertaneja da semana, que não têm letras interessantes e que nada acrescentam culturalmente às pessoas. E por isso, muita gente comenta que a população uberabense não tem cultura, e sou obrigada a concordar.

Não critico o sertanejo de raiz, pelo contrário, admiro a cultura do homem do campo, que fala de suas ambições, sua realiadade, seu dia-a-dia; são verdadeiras histórias, bonitas de se ouvir. Mas o mercado fonográfico procura é aquela dupla que fala sobre decepções de corno (palavras de Presunto), o cara que dormiu na praça e sonhou, ou que bebeu "pa carai" e deu "trabai" e por ai vai. Não estou alfinetando quem ouve essas músicas, todos têm o direito de ouvir o que quiserem, afinal todos são livres, mas apenas fico indignada com músicos sem talento ganharem tanto dinheiro e fazerem tanto sucesso, ao mesmo tempo que não trazem nenhum tipo de cultura às pessoas. Isso contribui para que as pessoas fiquem alienadas da realidade, pois é muito mais simples ouvir uma música que fala só sobre farras e vida boa do que ter que escutar o som que exprime a realidade em que vivemos.

Vou sugerir que as pessoas deixem sua opinião nos comentários, se quiserem claro, e opinem se acham que a sociedade uberabense é tão fútil e alienada devido à essa "cultura" musical que cultua.

sábado, 15 de setembro de 2007

Caos Aéreo

Sim, ninguém mais fala no caos aéreo, e o fato de Renan Calheiros não ter sido cassado ganhou projeção maior na mídia e no interesse dos brasileiros nos últimos dias. Mas sempre quis uma oportunidade de falar algumas coisas que penso sobre a aviação brasileira mas ainda não havia surgido oportunidade. E agora, cá está.

Não quero ser a defensora do governo federal, mas o jogo de empurra-empurra de quem é responsável pelo acidente com o avião da TAM parece ter dado em nada, como tudo neste país. E sempre gostei de deixar claro, na minha opinião, que culpar o Estado do ocorrido era apenas a saída mais fácil tanto para a empresa aérea quanto pros familiares das vítimas e dos brasileiros em geral. O incidente infelizmente coincidiu com a crise que vigorava na época, mas as pessoas se negam a admitir que houve falhas mecânicas, que a verba destinada à reforma do aeroporto de Congonhas foi usada principalmente em reparos estéticos, e que aeroporto em si não é seguro. Nas páginas das revistas da semana, todas alfinetando o governo, obviamente, apareciam pessoas com faixas dizendo "Fora Lula" e mensagens similares. Admito ter sido errada a atitude de indiferença do presidente nos momentos após a trágédia, porém querer culpá-lo foi, mais uma vez, ação da mídia de direita que vigora no Brasil.

A verdade é que os interesses capitalistas mais uma vez estavam em jogo, e não só a TAM, como as outras empresas, mesmo cientes da crise aérea instaurada, continuaram operando sem reduzir o número de vôos necessários. E, o pior ainda, com problemas mecânicos, o que agrava a situação. E aí, o que acontece? Juntam-se os burgueses falsamente engajados do Brasil organizados pela OAB num tal movimento de "Cansei" que não fez nada de útil, além de escurraçar o governo federal; não mobilizou a massa popular, e ninguém se lembrou do minuto de silêncio que nada adiantaria. Se fosse assim, toda vez que houvesse um escândalo de corrupção iríamos dizer algum verbo no prétérito perfeito, como "Magoei", "Emburrei", "Revoltei", ficaríamos um minuto parados pensando na morte da bezerra, e pronto, já fizemos nossa parte! Que patriotas engajados que somos, minha nossa!

Mais uma vez bato na tecla da ação, como a frase de Romain Rolland "Que teu verbo seja ação" , que estampou meus uniformes escolares por alguns anos. Se a burguesia revoltada de direita quisesse alguma mudança de verdade, deveria fazer uma greve e não comprar mais passagens de 1ª classe nos aviões, e boicotar esse meio de transporte por pelo menos algum tempo. Aposto surtiria algum resultado, mesmo que discreto. Mas não, a turminha da Hebe Camargo não quis deixar o luxo de lado, e deu no que deu. Aliás, não deu. E ainda aproveito pra falar o tanto que desprezo cada vez que a Hebe começa seu programa com aqueles discursinhos inflamados, cheios de revolta, e aquela platéia insossa aplaude e assina em baixo. Pra ser sincera, não suporto.

Agora, o que nos resta é esperar, e esperar, pra ver o final (ou não) da crise aérea no Brasil.

domingo, 9 de setembro de 2007

Agnósticos

Quando o assunto é religião, cresce o número de pessoas que se autodenominam agnósticas; são incertas quanto à existência de Deus. Não tenho nada contra essas pessoas, afinal todo mundo tem um coeficiente agnóstico dentro de si próprio, mas essa é uma mostra da sociedade "emcimadomurista" em que vivemos, em que dizer que se é religioso fervoroso ou ateu é algo radical demais. Se a pessoa é muito religiosa, logo muitos começam a profanar que o fanatismo pode ser ignorância ou intolerância; se é atéia, tacham-na de insensível e até materialista.

Essa incerteza toda nada mais é do que o reflexo do mundo, do que acontece diariamente. Não se tem certeza de nada, o amanhã é uma incógnita, as verdades absolutas não existem mais, e tudo é motivo para dúvida. E se a tecnologia é positiva em muitos casos, em outros só trás o caos para a sociedade, pois diante de tanta informação e tanta especulação da imprensa não sabemos no que acreditar, e no que duvidar. Escritores querendo vender abordam a religião; Dan Brown e a enxurrada de livros sobre Afeganistão e o Oriente Médio são os best-sellers, e a Literatura perdeu seu caráter de cultura e entretenimento para se tornar um meio de especulação religiosa. E agora? O que é real?

Com isso as pessoas vão perdendo a fé, e é isso que é alvo de tantos escritores e do sensacionalismo da mídia, colocar a fé das pessoas em dúvida. As que têm formação religiosa mais rigorosa desprezam esse tipo de informação, mas essas são uma minoria, e a Igreja Católica vai perdendo fiéis, mais agnósticos pro mundo. Ter fé, mesmo que seja em si próprio, é importante para a construção de valores no planeta, e para resolver os problemas que a atual sociedade tem. Corrupção na política, problemas com o sistema aéreo, inflação, desemprego: hoje ninguém mais crê que um dia a situação possa ser diferente, já que a imprensa molda a linha do pensamento das pessoas de forma que elas pensem ser inútil lutar por seus direitos e por melhorias no sistema. E a própria descrença religiosa tem relação com isso, acha-se que nem Deus pode com a injustiça do mundo, e os fiéis vão perdendo sua razão de seguir uma doutrina ligada à religião.

Assim fica claro que a imprensa num geral influencia a falta de fé das pessoas, seja em Deus, nelas próprias ou em mudanças na sociedade. Se existem canais e/ou programas de TV com propósito religioso, o que se vê é a capitalização da Igreja, um ponto de arrecadação de dinheiro e exploração dos mais ingênuos. Não nego que haja alguns pontos positivos, pois já assisti a momentos de reflexões válidas, que buscam nas pessoas o resgate da fé e da prática religiosa. Porém, a Igreja está perdendo seu papel, e os agnósticos ganham o cenário por parecerem mais sincronizados com a realidade, ou seja, incertos.

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Plebiscito Popular

Está acontecendo um Plebiscito Popular, que se estende de 1º a 7 de setembro, perguntando a opinião dos brasileiros quanto a algumas questões, como a volta da Vale do Rio Doce ao Estado, pagar as dívidas externas ou investir em melhores condições de vida, diminuir o preço da energia elétrica e a reforma da previdência. E estou pasma, e digo também revoltada, a que ponto o capitalismo tomou conta da cabeça das pessoas. Sinceramente, imaginava que a maioria das pessoas votasse pela volta da Vale ao governo, por investir em melhores condições de vida, diminuir o preço da energia em nossas casas e não aprovar a reforma da Previdência. Mas não; as pessoas cujas opiniões ouvi desejam exatamente o contrário. Fiquei revoltada; não porque não aceite a opinião dos outros, mas porque os argumentos me decepcionaram. Diziam que o plebiscito era inútil, em nada mudaria, e infelizmente é essa a realidade política do Brasil, não se acredita mais em mudanças.

Primeiramente, fica claro que os questionamentos querem ver o que o brasileiro pensa, com o que ele concorda ou não, e os acomodados parecem conformados com a atual situação. Mesmo que a elite continue dominando o cenário político, o povo não pode calar a boca, abaixar a cabeça pra tudo que acontece. Sim, seria hipocrisia nossa achar que a energia elétrica dimunuiria caso vencesse no plebiscito, mas não é por isso que vamos esconder nossa indignação, principalmente pros mineiros que vêem aumentos exorbitantes todo o ano. Não é possível que alguém goste de pagar a mais pela energia que consome, isso eu não entendo, e preocuro entender.

Quanto às melhores condições de vida ao povo brasileiro, a elite continua dando as costas pra todos os programas sociais do governo. Nesta semana, o programa do Primeiro Emprego, um dos pilares da campanha política do atual governo Lula, teve de ser abandonado. O motivo? Nenhuma empresa, especialmente em Minas Gerais, se habilitou a abrir vagas pros jovens a partir de 15 anos. Boas intenções o governo federal até tem algumas, mas sozinho não pode nada. Outro exemplo é o Fome Zero. As empresas do setor alimentício e de transportes não se propuseram a cooperar, e o programa foi esquecido, e não se fala mais nele. E o que se vê é que muitos parecem estar indiferentes a essa situação, e acham que a miséria no Brasil ainda existe só devido à corrupção; e não é bem assim.

Outra coisa que me deixa indignada é o proletariado que acha que faz parte da elite, e defende os direitos dela. Isso é um retrato comum da região que moro, em que as pessoas compram carro a prestação, têm algumas roupinhas de marca, se alimentam mal e acham que são burgueses. Fato lamentável, com o qual se convive diariamente. E por isso vemos o crescimento de alguns partidos de direita junto às classes baixas. Nem falo mais nada, se não me exaltarei mais do que já estou e vou acabar falando mais bobagem... e o capitalismo cada vez mais forte, mais dominante, e a antiga luta pelos direitos trabalhistas fica de lado, pois não cabem dentro de tanta futilidade que domina a mente de muitos.

Concluindo, deixo claro que a situação que descrevi, foi a que vivi, daqueles que votarão "sim" nos quesitos do plebiscito. Não quero universalizar a situação, mas me revolto perante essas coisas. Estou ciente de que o plebiscito não acarretará grandes mudanças nem revoluções no sistema, hipócritas não podemos ser. Porém, não é por isso que vamos calar a boca, consentir com as atitudes da elite, afinal não faço parte dela nem quero fazer. E também concordo totalmente com a elite que se protege; ela está no seu direito de defender seus interesses. Só continuarei, até a morte, não concordando com nenhuma opinião proveniente da pseudoelite. E chega por hoje.

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Paulo Coelho

Sempre tem um que quando vai fazer seu perfil no orkut, na seção de livros, acaba colocando alguma obra de Paulo Coelho. Desculpem-me aqueles que gostam do autor, mas não sei se essas pessoas realmente gostam dos livros, querem demonstrar um quê de "intelectual", ou colocam por colocar mesmo... ainda quero entender a graça que tem. Há uns três anos atrás mais ou menos, vi "Verônica decide morrer" na casa da minha irmã, e imaginei, "agora é hora de conhecer o mago! " . A história, sobre o suicídio, começa interessante, e por uma incrível coincidência, comecei o livro no sábado e domingo pela manhã um conhecido meu havia de suicidado. Isso não vem ao caso, mas Paulo Coelho não sabe narrar. Vai chegando um ponto em que a história fica estagnada, ele vai enrolando, enchendo lingüiça, fenômeno que se torna acentuado lá pela metade de cada obra sua. Na época, ainda não tinha muito conhecimento de mundo (créditos pra profª Neusa), e achei o final legal, algo como "viva seu dia como se fosse o último pois cada amanhecer é um milagre". Mas depois vovó me emprestou "Na margem do rio Piedra sentei e chorei". Muitas, mas muitas pessoas mesmo, acham que esse é o melhor livro que já leram; que coisa lamentável, porque nunca vi tanto clichê sentimental junto, uma história tão cansativa e melosa. A moral? (os livros do PC mais parecem fábulas) era algo como "todas as histórias de amor são iguais... têm finais felizes". Desprezível. O tempo foi passando, acabei lendo O Demônio e a Srta. Prym, A bruxa de Portobelo, Maktub (não consegui chegar no final), e claro, não poderia faltar O Alquimista. O que tem de tãao interessante nesse livro, que vendeu horrores? Não passa de historinha de auto-ajuda; o cara cruza o deserto em busca de algo que viu em seu sonho, pra no final o tal tesouro estar no lugar de onde ele partiu (conto o final mesmo, estou fazendo-lhe um grande favor!). E não podia faltar uma moral, um aprendizado, que o mago quer nos passar, que bonzinho! Acredite em seus sonhos, acredite em você! Papinho mais piegas, que a Xuxa repete pras criancinhas desde que o mundo é mundo.

O "sucesso" de Paulo Coelho (membro da ABL, meu Deus!) está, na minha opinião, na falta de conceito e criticidade dos leitores. Está com problemas pessoais? Busque um livro confirmadamente tachado de auto-ajuda, vá a um psicólogo ou ponha-se a chorar. Ler essas obras melosas pode até enganar, e muita gente se engana mesmo. Aos ateus, jamais leia Paulo Coelho, é um padre doutrinador frustrado, que fala em Deus com uma facilidade como se ele fosse a mais pura das almas, que pudesse encher o mundo de moralismo puritano. Se nunca leu nada do "mago", é importante conhecer algo pra poder se posicionar; o 1º livro que ler pode até achar interessante, mas do 2ª em diante perceberá que as histórias são iguais, só muda o lugar geográfico (nunca o Brasil, Policarpo Quaresma está remexendo no túmulo) e as personagens. E pra quem despreza ou não vive numa realidade atrelada a rituais pagãos, jamais toque em A Bruxa de Portobelo, que de bruxa, diga-se de passagem, não tem nada. Conselho de amiga!

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Nome do Blog

Acho necessário explicar o porquê desse nome... fiz uma singela homenagem a três grupos musicais (expressão mais antiquada) que gosto...
Salustiano's song é o nome de uma música instrumental do 1º CD de Chico Science e Nação Zumbi, Da Lama Ao Caos. Pra ser sincera me encantei pelo nome, talvez um dia tenha um cachorro chamado Salustiano ou Salustiana... de apelido Salu :)
Parece insano mas é um nome muito sonoro, pelo menos na minha opinião...
Pra quem não conhece a banda, é uma mistura de rock, samba e maracatu. Sim, música do Nordeste, mais especificamente da região de Recife, a "Manguetown", dos carangueijos, da lama, do caos. Mesmo pra quem tem preconceito com música brasileira ou mesmo nordestina, considero a banda uma referência do rock brasileiro dos anos 90, rock engajado, ao contrário das muitas pseudo bandinhas que se proliferam por aí.Sou muito apegada ao primeiro álbum das bandas que gosto, salvo algumas exceções, e Da Lama aos Caos mostra em suas músicas a realidade do mangue, de Recife e sua "fedentina" como dizia Chico. E pra quem pensava que "o de cima sobe e o debaixo desce" era criação de bandas de axé da Bahia, ainda não ouviu A Cidade, 4ª faixa do álbum. Indico pros interessados as músicas Da Lama Ao Caos, A Cidade, Computadores Fazem Arte (incrível! ), A Praieira (sobre a Revolução Praieira), pra se ter uma noção do som de Chico Science, que morreu num acidente de carro há 10 anos, devido a um defeito de fábrica de seu então carro, um Fiat Uno.
Quanto a Circus, mato dois coelhos com uma cajadada só, e homenageio O Teatro Mágico, que prometo falar mais em outros posts, e o Arctic Monkeys e sua música "This House is Circus", de seu 2º álbum. Os macacos do ártico vêm ao Brasil no Tim Festival, mas não será dessa vez que vou ver os primatas de perto **shora litruz**.
Afinal, Salustiano é um brasileiro, um sofredor, um cara real, e vive num circo, que é o mundo, de tanta palhaçada que é preciso muito malabarismo pra num cair da corda bamba. Isso soa a falsa poesia, mas isso deixa pra lá...
E se o assunto tá chato, num é culpa minha, a culpa é do Lula porque tudo que acontece é culpa dele, ok?
Hey, possível leitor que esteja lendo esse blog. Comecei agora, não sei bem do que escrever, mas como gosto de fazer isso, vou procurar deixar algumas coisas interessantes por aqui, sejam elas úteis ou não. Eu sinto necessidade de escrever algo, mesmo que ninguém goste ou leia, pelo menos para mim deixarei algo...